Não demorou
para que conseguíssemos encontrar o meu pai. Eu apresentei o Spell ao meu pai e
falei do pai do Spell. Meu pai insistiu em falar com o pai do Spell e Spell nos
levou até ele.
- Então você
é o pai do Spell… - Meu pai falou.
- Sim. E
você deve ser rei. – O pai do Spell falou.
- Linfy,
Spell nos deixe conversar sozinhos. Coisa de adulto.
- Sim,
papai. Vem Spell. – Falei e logo em seguida eu e Spell estávamos longe deles.
- Magic você
poderia me mostrar o reino? – Ele me perguntou. Pensei em perguntar se eu tinha
cara de guia turística, mas logo me lembrei que tinha que agir bem para
conseguir a magia boa.
- Claro… me
siga! – Saí correndo e ele me seguiu. O apresentei a todos do reino. Depois
disso estávamos exaustos e fomos descansar em um lago que havia no reino.
Deitamos na beira do lago e conversamos um pouco. Apesar de nos conhecermos há
pouco tempo já éramos amigos. Continuávamos descansando até que apareceu um dos
garotos que sempre me provocava. O nome dele é Travor. Ele assim que me viu com
o Spell veio até onde estávamos.
- Namorado
novo Linfy? – Travor perguntou.
- Ele não é
meu namorado. E você já superou os acontecimentos estranhos de ontem? – Falei.
- Muito
engraçado Princesa Linfa. Agora, quer dizer que ele não é seu namorado? Porque
vocês passaram o dia inteiro juntos e ainda estão descansando juntos. Parece
que são namorados.
- Por que te
incomoda tanto? Será que você está com ciúmes dela? – O Spell disse. Admito que
gostei dele ter me defendido, mas isso não quer dizer que eu goste dele mais do
que como amigo.
- Claro que
não! – O Travor falou.
- Então não
tem motivo para vir nos incomodar. Além de que isso não é da sua conta! – O Spell
continuou.
- Essa não
foi a última vez que provoquei a princesinha!
- É melhor
ir logo, a não ser que queira que mais coisas estranhas aconteçam! – Falei.
- Eu já vou
indo… mas Linfy, acho que sua melhor amiga não gostaria de saber que você
trocou ela por ele.
- Eu não
troquei ela. Ela está em outro reino com os pais resolvendo alguns problemas
familiares! – Falei. O Travor tem o dom de me fazer não ligar para ficar com a
magia branca ou não.
- Então ta.
Até mais pombinhos. – Ele saiu correndo antes que eu fizesse a cauda dele pegar
fogo. Eu quase consegui.
- Calma
Magic. Você quase conseguiu fazer com que a cauda dele pegasse fogo. – Ele falou.
Apesar de tudo eu não iria agradecer por ele ter me ajudado. E ele parecia
saber disso.
- Pena que
não consegui. Da próxima vez ele não terá tanta sorte!
- Tenho
certeza que não. Mas não vamos perder tempo pensando nele. Podemos pensar em o
que fazer se ele vier nos incomodar outra vez!
- Boa ideia!
Nós poderíamos… - Minha avó me interrompeu. E me fez esquecer a ideia que eu
tive. Talvez tenha sido bom, afinal era uma ideia bem travessa que me ajudaria
a ficar com a magia negra. E eu não queria a magia negra.
- Magic. –
Ela disse.
- Ah, oi
vovó. – Falei.
- Vejo que
encontrou alguém com a mágica também. Alguém tão travesso quanto você, suponho.
– Ela falou.
- Talvez… -
Falei.
- Mas
lembre-se que se ficarem aprontando a magia negra dominará vocês. Vocês não
querem isso querem?
- Não! –
Falamos eu e o Spell em coro. E não, não foi nada fofo, bonito nem algo do
tipo!
- Então é
melhor se comportarem.
- Sim, vovó.
- Sim,
senhora.
- Assim é
melhor. Agora, venham vocês dois. Vou ensiná-los algumas mágicas essenciais no
combate… e na vida. – Ela começou a andar e eu e Spell a seguimos. Ela parou em
uma montanha isolada. Passamos o resto do dia lá e só voltamos à noite. Não vou
contar com detalhes porque passamos muito tempo lá e erramos muito até
conseguir aprender. O que aprendemos foi basicamente, como dar socos e chutes
elementais, eu particularmente gostei muito dos golpes que chamei de punhos de
fogo e chutes do trovão, aprendemos a criar escudos elementais, a fazer prisões
elementais, e a personalizar algumas delas como eu fiz misturando o ataque
Tornado com fogo e prisão criando a Prisão Tornado Flamejante. Assim que criei
isso a vovó me falou para não usar nos garotos que me provocam… ela deve ter
lido minha mente! Quando criei a Prisão Tornado Flamejante pensei justamente
nisso. Não é fácil conseguir a magia boa como pensei… isso me fez pensar em
como seria ter a magia negra… a magia negra parece ser bem melhor que a branca,
afinal. Enquanto minha avó nos levava pra casa ela falou que no dia seguinte
nos ensinaria a Faca de Fogo. Gostei da ideia de cortar e queimar o inimigo ao
mesmo tempo. Minha avó passou a semana inteira nos ensinando novos golpes e
nenhum que eu podia usar nos garotos que me provocam, então não os usávamos pra
nada. Até que eu tive uma ideia. Eu e Spell tínhamos acabado de acordar e
nossos pais estavam ocupados. Sim, meu pai permitiu que o Spell e o pai dele
ficassem.
- Spell,
tive uma ideia! – Falei animada.
- Que ideia?
– Ele perguntou curioso.
- Minha avó
nos ensinou golpes muito legais, mas não podemos usá-los aqui! E nem em
ninguém, certo? – Perguntei.
- Certo.
- Então por
que não vamos até o Reino próximo daqui? Lá tem alguns filhotes da nossa ideia
que querem a magia negra e com certeza lutariam com nós dois!
- Tudo bem,
mas como saímos do reino sem ninguém perceber?
- Primeiro
deixar os dois apaixonados juntos. Isso distrairá os dois além deles não
falarem absolutamente nada. Depois é só sair de fininho. Meus pais vivem
ocupados e meu pai com certeza já ocupou o seu também.
- Legal.
Vamos juntar o casal.
Fim do capítulo!
Um capítulo muito curto, mas quero fazer suspense. Como puderam perceber vou me
meter em confusão com o Spell e isso merece um capítulo próprio. Não percam a
continuação no próximo sábado. E um pequeno aviso: a história fica mais
emocionante a partir da minha adolescência. Não percam. O próximo capítulo será
o último da minha infância. Aqui é a Magic, até a próxima!